A alta da IA generativa e a baixa da web social

IA generativa, suas limitações, e o que estamos ignorando

Com o ChatGPT dominando as pautas na imprensa e os posts do Linkedin, o que sinaliza o pico de um ciclo de hype, que quase certamente esfriará no futuro conforme as limitações dos LLMs (Large Language Models) e IA generativa de forma geral ficarem mais aparentes, nos antecipamos ao futuro próximo com alguns artigos sobre as principais delas:

  • Desafios em governança, de acordo com Forum Econômico Mundial

  • Nós é que precisamos nos adaptar a eles. O entendimento dos comandos é limitado e a interpretação da máquina de comandos semanticamente parecidos (por ex.: “uma imagem que tenha batatas”, “uma foto de batatas”, “uma coleção de batatas”) gera resultados bastante diferentes, abrindo espaço para os “prompt engineers” - manipuladores muito eficazes das capacidades das ferramentas, dado que os erros e informações imprecisas ainda são bastante comuns. Além disso, o consenso técnico é que apesar da similaridade à inteligência humana, que pode ser o bastante para alguns usos, os modelos nunca a alcançarão, especialmente em aspectos relacionados a expressar incerteza, capacidade de planejamento e pensamento metódico.

  • Consistência: as redes estão sendo inundadas por exemplos impressionantes do potencial dos modelos, mas em muitas das ferramentas, os resultados adequados ou usáveis são pouco consistentes. O Stackoverflow, fórum referência para desenvolvedores, proibiu o uso do ChatGPT para responder perguntas de usuários porque a incidência de respostas erradas é muito alta.

Web social: chegamos ao teto?

Em setembro passado falamos sobre mudanças no contexto e na dinâmica competitiva das mídias sociais e de lá para cá muito já mudou. Alguns dos destaques:

Com esse título autoexplicativo maravilhoso, o autor rebate críticas feitas no ano passado pela imprensa conservadora britânica a um plano de investimento da BBC (estatal de mídia do Reino Unido) de 50 milhões de libras em pesquisa de mercado, dividido em 4 anos. Além de dar um pouco de contexto sobre o que faz sentido em termos de ordem de grandeza de investimento em pesquisa dependendo do momento em que a marca ou empresa está, o artigo também questiona comportamentos “viscerais” como cortar este tipo de investimento em momentos mais difíceis ou concepções enganosas comuns como “marketing já deveria saber tudo sobre os clientes” muitas vezes trazidas pelo corpo diretivo das empresas.  

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